Mencionamos na lição anterior que o vega de uma opção não é estático. Uma variável que influencia muito o vega é o preço do ativo subjacente e onde ele está no momento em relação ao preço de exercício de cada opção.

Vejamos opções múltiplas que compartilham o mesmo preço de ativo subjacente, dias até o vencimento (DTE) e volatilidade implícita. A única diferença entre essas opções naturalmente é o preço de exercício e, portanto, onde elas se situam em relação ao preço do ativo subjacente.

Este gráfico mostra o vega de todas as opções de um ativo fictício com preço atual de 100 dólares, 30 dias até o vencimento e volatilidade implícita (VI) de 40%. Os preços de exercício variam de 50 a 150 dólares.

O vega é o mesmo para a call e para a put em cada preço de exercício, então eu chamei esse gráfico de “Vega da opção por exercício”. O preço subjacente é 100 dólares, e como podemos ver, é onde o vega fica mais alto. Isso quer dizer que as opções ATM com preço de exercício de 100 dólares vão ganhar o máximo de valor se a VI aumentar em 1% e perderão o máximo de valor se a VI cair 1%.

As opções com exercício de 100 dólares terão vega maior do que as opções com exercício de 90 e 110 dólares. Se nos afastarmos mais do preço subjacente, essa tendência continua. As opções com exercício de 80 dólares têm vega menor do que as opções com exercício de 90 dólares e as opções com exercício de 120 dólares têm vega menor do que as opções com exercício de 110 dólares.

Via de regra, embora o pico do vega possa ser um preço mais alto se a VI ou o DTE estiverem muito mais altos, o vega normalmente é maior em opções ATM. O vega então passa a cair conforme nos afastamos do preço subjacente em qualquer direção, embora não de forma perfeitamente simétrica. Quanto mais nos afastamos do preço subjacente atual, menor será o vega daquela opção.

Se o preço subjacente fosse 80 dólares, seriam as opções com exercício de 80 dólares que agora teriam o maior vega. Indicando que elas têm a maior sensibilidade a mudanças na volatilidade implícita.

O vega ainda diminui nas duas direções conforme avançamos pelos preços de exercício, afastando do preço subjacente atual de 80 dólares.

Exemplo do Tastyworks

Podemos ver isso tudo em ação em um cenário real também. Eis aqui a cadeia de opções de vencimento em dezembro de SPX.

Eu acrescentei uma coluna com o vega aqui, que podemos ver junto com as calls e puts da cadeia. Como mencionamos anteriormente, o vega é o mesmo para puts e calls no mesmo preço de exercício, então basta observarmos uma das colunas. Vamos usar a coluna das calls, à esquerda. Como podemos ver, o vega é maior nos exercícios mais próximos do dinheiro. Essa interface exibe o veja apenas até a segunda casa decimal, então visualizamos todos os exercícios de 4425 até 4455 mostrando o vega com valor de 8,86 dólares.

Se olharmos para a parte dos preços de exercício mais baixos (que ficam no topo da cadeia de opções) veremos que o vega diminui conforme o preço de exercício abaixa. O mesmo se aplica ao seu aumento. Conforme visualizamos os preços de exercício mais altos (que ficam na parte inferior da cadeia de opções), notamos que o veja diminui conforme os preços de exercício sobem.

Então as opções dessa cadeia de opções real exibem o mesmo tipo de comportamento dos exemplos teóricos que vimos inicialmente.

Resumo

A localização do preço de exercício de uma opção em relação ao preço subjacente impactará o vega dessa opção.

Calls e puts com o mesmo preço de exercício e a mesma data de validade compartilham o mesmo vega.